quinta-feira, 9 de dezembro de 2010


"Agora assim, olhando por cima do ombro ainda fazia por aceitar coisas que não são de fato lembranças. São só o resultado de uma espécie de brincadeira. Dessas que o tempo deixou pra trás. Um tipo de telefone sem fio, essa 'tecnologia' de inventar.


Olhar para trás pode ser visto também como um tipo de segunda chance. Ou seja, tentar de novo mas, sem a ignorância da primeira vez. Pensamento costumeiro de quem tem uma visão caleidoscópica das coisas. Cores. Formas. Jogos. Enganos. Disfarce. Reprise. Novidade. Acertos!


Numa espécie de filme, acompanhava o desenrolar do tempo sentada no lombo de um cavalo. Balança pra lá, balança pra cá. Tudo seguia numa desordem mansa, sem roteiro. Aos montinhos as esperanças iam se acumulando nos cantos. Só a espera de um vento pra tomarem força e fazer verdade.


Quem tem um olhar de mil auroras não sabe mais como olhar pra baixo. E mesmo assim quanto tentam tapar um dos olhos, contorna dizendo que é pirata. Ganha e perde a vida com alegria. Sai pra colher flores todo dia, mesmo as de plástico.

Desaprendi de ser adulta. Acho que a vida tem mesmo dessas delicadezas: na hora certa termina uma história e muda o assunto"



Vanessa Leonardi

http://caixamgica.blogspot.com/

2 comentários:

Kamila Behling disse...

Seu blog é uma delícia! =)
As palavras da Vanessa também, hehe.

Um beijo pra ti

Sotnas disse...

Olá Ni, que tudo esteja bem contigo!
Agradável seu espaço, seus rastros ou mesmo outros rastros são deveras agradáveis de ler! São textos que provocam o lado analítico de quem os lê! Tudo de bom pra você e todos ao redor sempre, grande abraço e até mais!