sábado, 10 de julho de 2010


"Lembrei de você insistente e levei um susto grande ao deparar com teu rosto na minha mente. Havia muito tempo que não me dava conta de ti, que teu nome não enchia de chuva meus olhos castanhos e a saudade não queimava dentro do peito. Hoje faz frio, então não ardeu tanto. Deixei que o ar gelado mordiscasse minhas bochechas, corando-as, e congelasse as poucas lágrimas que teimavam cair, em vão. Não deu tempo. O vento era brisa certa, sempre contra minha direção, não importando qual direção eu tomasse. Um sopro frio, pra espantar a chuva que há muito não vinha. E eu te peço, por favor, me deixe chover! Me soa tão natural, tão calmante. Uma tempestade mansa em meu rosto e todo o riso de volta. É que a saudade é demais cá dentro e quanto maior a pressão do peito, maior a vontade de transbordar. Necessário. Coisa pouca, meu bem. Gotas de orvalho. E passa."



Maria Fernanda


http://bonequinhadeseda.blogspot.com/

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